quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Quem verá o visionário?

Sem nem pensar direito (e dar margem à falar merda), o filme do ano vai ser Watchmen. Baita investimento, culto em cima do teto original, controvérsias, e - como não poderia deixar de ser - uma ótima história são apenas alguns dos atrativos do filme. Mas o que me incomoda muito, e me deixa com aquela sensaçãozinha incômoda de que eu vou me decepcionar é o seguinte:


A fonte tá ok, bem no estilo do original. O elenco tá legal, curti chamar o Robert Downey Jr. genérico pra fazer o Comediante, a Zoey Deschanel genérica pra Espectral, e o Billy Crudup - baita escolha - pro Dr. Manhatan. Ao contrário da grande maioria dos fãs tru da obra, achei uma boa idéia colocar mamilos no Ozymandias. Isso para que vocês tenham uma idéia do quão paciente e compreensivo eu sou.
O que me incomoda é o tal do 'visionário' ali na parte de cima do poster. Pô, tá certo que isso é marketing, que ajuda no clima de oba-oba do filme, e tudo mais. O cara tá lançando o terceiro filme, será que não é um pouco cedo demais pra isso? Vê a história dos visionários indiscutíveis do cinema, e vê a partir de que filme eles passaram a receber esse incenso (George Lucas? Beleza, mas foi só DEPOIS do terceiro filme que ele virou 'o' cara. Irmãos Wachowsky? Aham, conta outra).
Qual é o grande mérito que faz dele um visionário? Fazer bons remakes (Madrugada dos Mortos é bom pra caramba, e aí?)? Fazer a mais famosa propaganda subliminar pro-gay da história (Aquele filme lá)?
Francamente, depois do 'Madrugada...' passei a botar a maior fé no Zack Snyder, mas depois de 300, e com toda essa onda em cima, Watchmen vai ter que ser muito, mas muito embasbacante pra alcançar às expectativas que ele mesmo tá criando. E olha que depois do 'Cavaleiro das Trevas' vai ser difícil conseguir esse truque de novo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Olha por onde anda a comédia brasileira...

...nessa discussão da Cláudia Rodrigues (que eu nem sabia que conseguia fazer 'comédia' sem aquelas risadas em playback) com uma espectadora nos EUA. Em tempos de Zorra Total sendo rotulado de "nova safra que está mudando a cara da comédia brasileira", acho que é isso que a gente merece: um lance absolutamente sem graça, sem criatividade, e sem tesão.

(Gargalhadas em playback)

O Daniel pediu, a gente responde:

Atendendo o pedido do Daniel, taí um breve questionário literário.

1. Livro/autor(a) que marcou sua infância:

- Gibis do Tio Patinhas: Nunca foi dos meus favoritos, nem me lembro de nada de especial deles (tirando a moedinha n° 1 que veio junto com um almanaque, e que eu guardei por um bom tempo), mas foi a primeira coisa que eu consegui ler. Me lembro de estar vendo as figurinhas na cama, quando de repente consegui decifrar aqueles balõezinhos.
- Menino Maluquinho; do Ziraldo: Foi o primeiro livro que eu li, e me lembro da Déia (uma amiga da minha irmã) encontrando paciência não sei onde pra me ouvir ler o livro infinitas vezes pra ela.
- Tinha uma coleção de fábulas do folclore brasileiro, ilustrada com fotos de bonecos e que agora me foge o nome, mas me lembro bem pra caramba de me encagaçar todo de medo da história da Mula Sem Cabeça e do Negrinho do Pastoreio.

2. Livro/autor(a) que marcou sua adolescência:

- A Saga da Fênix Negra; de Chris Claremont, Dave Cockrum e John Byrne
- Watchmen; de Alan Moore e Dave Gibbons
- O Cavaleiro das Trevas; de Frank Miller.
- O Iluminado; de Stephen King
- O Alienista; de Machado de Assis
- O Cortiço; de Aluísio de Azevedo
- Calvin & Haroldo; de Bill Waterson

3. Autor(a) que mais admira:

Gabriel Garcia Marquez, Hunter Thompson, Bill Waterson, Alan Moore.

4. Autor(a) contemporâneo:

Gabriel Garcia Marquez, Hunther Thompson, Chuck Palahniuk, Douglas Adams, Richard Dawkins.

5. Leu e não gostou:

O Ser e o Nada; de Jean Paul Sartre
Máquina de Pinball; de Clarah Averbuck

6. Lê e relê:

Basicamente gibis, que são mais rápidos, ou algumas passagens marcadas em alguns livros.

7. Manias:

Parar tudo pra ler. Enquanto eu estou lendo um livro, e especialmente se ele está legal, a minha prioridade passa a ser acabar de lê-lo, e eu acabo inventando desculpa pra ter oportunidade de continuar a leitura ("Que legal, fila de banco no dia 10! Tchutchurúrurururú...."). Talvez seja por isso que eu tenha lido tão pouco ultimamente.

Quem eu gostaria de respondesse?

Josi, Vitor, Jean, André (volta a postar, rapá!), e o Felipe, suíço sem vergonha que ainda não criou blog. Taí uma boa desculpa!

1000 Ways To Open A Beer

O nome diz tudo. Precisa mais?



Dá uma senhora vontade de tomar uma, nem que seja só pelo bem da ciência.

Bela dica do Felipe

Curtas

- Primeiramente, obragado à todos que me desejaram parabéns. Passei meu primeiro aniversário semi-ermitão, e foi animal. Na volta, veio o susto em perceber que quase fomos notícia. Péra lá, não consumi drogas, e nem classifico mais como jovem! Na real, embarcamos no mesmo navio, meia hora depois de desembarcar a galera do cruzeiro rave. O foda foi a piscina com um cheiraço ferrado de ranço, devido aos quatro dias initerruptos de rave em cima de um carpê. Calculem aí a marofa.

- Legal essa repercussão em cima do post do Benjamin Button (quatro comentários em blog falido é isso mesmo). Mas o que mais me decepcionou foi como Fincher e Pitt, que produziram um dos melhores filmes da última década, conseguiram fazer algo tão sem sal assim. Pra me decepcionar ainda mais, todos os filmes anteriores do diretor conseguiam se destacar (até mesmo Ali3n, detonadaço na época), enquanto esse murchou.

- Show do Little Joy em POA amanhã, e infelizmente não vou poder ir. Era a chance de dar uma bela banda pelo sul, mas com a grana curta e o trampo rolando aqui em ITJ impossibilitam. O que salva é o show em Curita, que vai rolar de certeza. Bóra lá, galera?

domingo, 18 de janeiro de 2009

O Curioso Caso do Filme que Simplesmente "Não"

É difícil ser cinéfilo tru em Balneário Camboriú. Pra resumir bem, estréias atrasadas e ingressos caros fazem com que o ânimo esfrie um pouco, e junte isso ao fato de que eu não sirvo para assistir qualquer coisa no computador (pelo menos não enquanto o monitor LCD não vem, hãhã), e você já pode entender o que me impede de tentar parecer o crítico-descoladão-vanguardista-arauto dos novos tempos. Quando eu digo num post anterior que eu comprei uns DVD`s, o lance tá mais pra “Pai, olha só o filme novo do John Cazale que eu comprei!” Tá feia a coisa...

Tudo isso pra dizer que eu assisti “O Curioso Caso de Benjamin Button” com a Giosepina nesta sexta. E foi um pouco triste, estilo jogo da seleção. Toda a torcida a favor, mas no final fica naquele empatezinho em 0X0 com o selecionado do meu bairro. O diretor é um dos melhores da geração; o protagonista é feinho, mas representa; todo o burburinho pré-Oscar aumenta as expectativas. Mas no final, fica a impressão de que o melhor do filme foi a premissa.

Estou há meia hora tentando escrever alguma coisa, mas o sono não deixa. E como vou ficar praticamente uma semana longe do blog, ficam aqui as minhas breves impressões: um filme que se perde em vários momentos, especialmente quando tem que decidir se Button deve agir como uma criança/adolescente ou como um idoso – um casal beeeeem mequetrefe (e a personagem de Cate Winslet se mostra uma verdadeira vagaba, trocando o velho Button por outro com aparência mais jovem), sem algo que realmente justifique o amor entre eles. Pra falar a verdade, a amante interpretada por Tilda Swinton parece ser uma companheira infinitamente melhor que Daisy. Na real, o filme tem uma premissa interessante, e só. Parece até que foi inspirado naquele PowerPoint que roda a internet, com aquela frase do Chaplin sobre viver a vida ao contrário (Só fica ligado porque não é do Carlitos, beleza?)

Mas o que me chamou mais a atenção vai além disso tudo, e extrapola a esfera cinematográfica pra entrar num debate bem mais contemporâneo. David Fincher, como diretor provocador que é, fez de Benjamin Button o ídolo-mor da galera que bomba na lista de mais procurados da Interpol. David Fincher vai colocar a pedofilia no Oscar. Tá certo que muitos vão dizer que “O velho Benjamin tem a mesma idade da Daisy”, que é a mesma coisa que dizer que não estava apreciando fotos de crianças nuas, mas sim baixando material de pesquisa pra um livro. Ele ainda tenta jogar uma pras coroas colocando a velha Cate Blanchett catando o jovem Brad Pitt, o que já derruba a teoria de misoginia patológica. Enfim, um filme para Pedobears e Susanas Vieiras assistirem com seus netinhos, e dali quem sabe fazer um escambo “cuida do meu que eu dou uma olhada no seu”.

Jovem Matusalém: estabelecendo novos padrões de "baixo" desde 2008

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Keanumeter

Taí uma boa idéia pra desvendar os mistérios da atuação de um dos maiores ícones da expressividade bovina: Um guia de expressões faciais do Keanu Reeves, completo com classificação. O impressionante é notar que ele consegue uma das expressões mais vivas quando interpreta um robô. Uma boa idéia pra ser adotada no Brasil, com os nossos atores dinâmicos e suas atuações tão variadas.

Gente, eu estou preso. Uau.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Maybe I'm Amazed...


YOU can't resist a touch of evil


Talvez não seja de se espantar a notícia de que Paul quer tocar com Ringo. O beatle que mais soube trabalhar a imagem neste quase 50 anos (!!!) de estrada alimenta uma reunião requenguele com o BBB (Beatle Big Brother, auquele mais suscetível a um "Urrú, Liverpú!" à beira da piscina), o que nunca está de mal com ninguém. Por um lado, a certeza de um sim, gráficos subindo e a imagem de bom moço mais viva do que nunca. Do outro, a chance de cantar "Octopuss' Garden" pra mais gente ainda. De novo.

Quando perguntado sobre o que acha da possibilidade de ver um show do "Live Beatles Live", o blogueiro pseudo-crica respondeu da seguinte forma:



Mas falando sério: tudo muito legal, tudo muito bem, mas queria ver o Macca vir com papinho de reunião com o John, ou até mesmo com o George, dependendo de como estivesse o chi dele.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Jabaculê 'pro bono'

Acabei de voltar das Americanas, e tá rolando uma bela oferta de dvd's. Já tão aqui em casa "O Bebê de Rosemary", "Um Dia de Cão", "O Franco-Atirador" e "Como Enlouquecer Seu Chefe" (esse que acompanha "Pagando bem, que mal tem?" na categoria tradução chinelosa).

Acho que não tem muito o que ser dito de qualquer um deles, a não ser o último. Um neo-cult de Mike Judge foi lançado cheio de esperanças mas naufragou nas bilheterias, provavelmente pela expectativa 'no brainer' dos fãs (e detratores) de Beavis & Butt-Head, sua maior criação. Uma pena, porque o filme faz divertidas críticas ao cubículo lifestyle. Assistir este filme hoje, depois do fenômeno The Office tira todo o ineditismo da experiência, mas dá também uma ótima dica da origem da coisa toda. Imperdível.

Mash-ups

Dois mash-ups animais pra dar aquela animada na terça:

Britney & Madonna vs Pixies


Katy Perry vs Bloc Party (o melhor que eu ouvi até agora)

Ano novo, blog novo!

É o que promete o blog mais promissor de 2009. Com vocês, Josiepina Lepitski, que ganha disparado o prêmio de melhor pseudômino. :*

2009!

Chegou! E a virada de ano do litoral norte catarinense finalmente engrenou. Nos últimos dias do ano, o já tradicional pandemônio turístico tomou conta da região, trazendo alívio pro comércio e desconforto pra todo o resto. Mas o clima é de festa aqui no blog, e então ficam aqui dois discos novos que eu ando ouvindo bastante, e que casam bem com o verão. De dia: Lykke Li. À noite: Late Of The Pier. Enjoy.