sexta-feira, 28 de março de 2008




Boa notícia? “Filhos da Esperança”, excelente filme de Alfonso Cuarón, vai virar série. Pra quem não sabe, o filme é um suspense situado num futuro pós-apocalíptico, onde uma inexplicada esterilidade masculina cria pânico mundial. No meio disso, um ex-ativista político se vê envolvido com o que parece ser a única mulher grávida do mundo.
No filme, diversas subtramas e nuances mostram um universo sólido e interessantíssimo, que se for bem abordado, tem a capacidade de criar um universo que, às suas devidas proporções, pode ser tão complexo quanto aquele criado por George Lucas.

terça-feira, 25 de março de 2008

Radio 1 Established 1967



O "Radio 1 Established 1967" é uma interessante coletânea feita pela BBC1: para comemorar os 40 anos da rádio, 40 artistas receberam um ano, e de lá teriam que tirar (e consequentemente gravar) uma música. Ainda não baixei, mas tem algumas coisas que valem a pena. Uma olhada de relance já confirma.

AUALIZADO: Ouvi uma boa parte, e posso dizer que tá massa pra caralho. O Streets cantando "Your Song" em Cockney é de fazer qualquer um rir, O The Gossip fez o "Careless Whisper" mais Gloria Gaynor que eu já vi na vida (?), os Foo Fighters mantiveram quase tudo igual em "Band On The Run", dentre outros. Baixa lá que vale a pena, eu disse.


segunda-feira, 24 de março de 2008

Ride Your Music

Onde o Joy Division encontra o Tron, e juntos eles vão fazer Enduro.


Essa é a promessa do Audiosurf, um jogo bem simples, mas com um twist interessantíssimo. É um jogo de corrida onde você deve fazer combinações com as 'peças' que estão no caminho. A grande sacada é que as pistas e as peças são elaboradas de acordo com os mp3 do seu computador (tracks, sacou?). É meio confuso de explicar, mas é bem divertido de jogar.


Eu já experimentei as pistas "Raining Blood" (Slayer), "A Day In The Life" (Beatles), "Mope" (Bloodhound Gang), "Dune Buggy" (Mutantes), que é só pra dar uma idéia da diversidade do bagulho. Recomendo pra caralho.

Sugestão (óbvia) de slogan: “Time to Grohl”

Grohl sobre a legalização de drogas: "Não acho que a gente deva negar aos doentes ou necessitados qualquer tipo de remédio. (Para qualquer tipo de doença) Eu tenho a cura. Uma bola."

Dave Grohl é o cara mais gente boa do rock: toca numa banda que equilibra bem (ou equilibrava, na época deles) aquela estranha equação de rebeldia e confiabilidade que servem pra vender mais refrigerantes, ou pelo menos como desculpa adolescente pra ganhar uma guitarra; Conseguiu se desvincular da porção drogadita/autodestrutiva do Kurt Cobain com doses cavalares de escracho; mantém um público fiel e atenção da mídia em qualquer lançamento; sabe arejar a carreira mantendo contato com novos artistas... Resumindo, é o sonho de qualquer relações públicas. E agora ele tenta dar o passo adiante, e lança a sua candidatura à presidência dos EUA. Pelo menos, de acordo com a HARP Magazine.

Mas calma lá, que lendo a entrevista, fica meio que na cara que não passa de tiração de sarro das grossas, e que tudo ta mais pra (mais uma) brincadeira do cara que teve a manha de unir o Mardi Gras com o Navegay. Dentre outras coisas, ele diz que vai ser o presidente das ‘mudanças de mudanças’ (o que seria uma boa), e diz que os EUA devem voltar a ser o país que bebe água da mangueira – chegando a sugerir que Britney Spears deveria voltar à beber água do mesmo lugar. É mais uma ótima canalhice do cara, que consegue desta forma desviar a atenção pra qualidade decadente dos discos do Foo Fighters. Uma pena.


Boa dica do Vitor.

quarta-feira, 19 de março de 2008

And Great Lyrics Rock Roll The

Baita bola levantada pelo Vitor: um quiz de letras de música, organizadas por ordem alfabética. Tá, é mais fácil jogar que explicar, clica logo lá no link e quebre a cabeça.

domingo, 16 de março de 2008

quinta-feira, 13 de março de 2008

Death Metal Puppy


Crank dat!


Soulja boi, tell'em.

Taí os rascunhos do filme do Superman na ótica do sempre estranho Tim Burton. Ele foi um dos primeiros diretores cotados para dirigir o filme, que acabou virando uma verdadeira ladainha. Na época - 1998 -, o roteiro (escrito pelo nerd 8° dan Kevin Smith) envolvia aranhas gigantes, cães do espaço, Nicolas Cage de Super, Courtney Cox de Lois, Jack Nichilson de Lex, Tim Allen de Brainiac, e a produção executiva ficaria a cargo de TRÊS TONELADAS DE CRACK!!!
Sempre houve uma cautela exagerada com a franquia do Superman, pra que cada ação do herói fosse absolutamente assimilável pelo público adulto e infantil, e normalmente isso acaba gerando mais um roteiro escrito como se fosse pinturas de barro em porcelana branca. O que pra mim não tem muita diferença, especialmente levando-se em consideração que o filme do Batman tá vindo aí, e que na minha singela opinião sempre vai ganhar dos filmes do Azulão pelo fator Soilent Green: it is made of people. E tenho dito.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Teorias conspiratórias e marketing: dando um sentido à vida de nerds no mundo inteiro desde Roswell


Em um post anterior, eu pincelei algo sobre as novas táticas de marketing no cinema, e como isso pode afetar um filme (No caso, Cloverfield). E o que previ durar cinco minutos ganha novo fôlego com esta bola levantada pelo Alexandre Matias, de que as respostas que os fãs de Lost tanto procuram podem estar espalhadas em diversas produções. Tá certo que os fãs já sabiam da citação à Corporação Hanso no Missão Impossível 3, ou que os Heroes tomam Slusho (marca de um refrigerante do Alias). Mas Felicity? Paguei pra ver!

domingo, 9 de março de 2008

Parem as prensas!

Encontrado o paradeiro do verdadeiro Anton Chigurh!. Mais informações aqui.


quinta-feira, 6 de março de 2008

Who'll watch "The Watchmen"?

Depois de muita esperneação virtual, um dos mais insistentes pedidos dos participantes da Comic Con (que só perdeu para as solicitações de um cross-over furry entre Pokemon e Alien vs Predador) foi atendido: o filme do Watchmen já está sendo produzido. O diretor é talvez o único nome capaz de deixar jovens nerds e publicitários satisfeitos: Zack Snyder. E mesmo assim, a sobrancelha de muitos teima em não baixar. Por quê?

Watchmen é, como o nerd profissional e ex-ator mirim Wil Wheaton ressaltou, algo com que a classe têm sonhado desde tempos primórdios, quando a comunicação da espécie era realizada apenas através do BBS. Deturpando-se em consideração a máxima quadrinística do oráculo aracnídeo Tio Ben, todos sabemos que "com grandes expectativas vêm grandes decepções". O último filme do Superman taí pra provar isso, e mais: Zack Snyder tem em sua filmografia o ótimo Madrugada dos Mortos, que foi uma boa atualização do gênero zumbi para a geração Guy Ritchie, e 300, que mais pareceu um spin-off de alguma capa do Manowar + o que o pessoal da firma anda falando.

"All Men Play On 10": Quando começar a contagem, é hora de dar no pé.

Será que uma trama cheia de sutilezas (sendo "Os Contos do Cargueiro Negro" um dos mais flagrantes - e absolutamente geniais - exemplos), e com personagens tão cheios de nuances e conflitos serão preservados nesta adaptação? As fotos do elenco animaram um pouco os fãs que suspeitavam da escalação de atores sem muito renome para os principais papéis (destaques: Jackie Earle Harley, que pode numa boa interpretar o louco do Rorschach e Billy Crudup com o onipotente Dr. Manhattan). Só falta agora entregar um filme decente, ou a promessa de um êxodo significativo e perigosíssimo do MySpace do Snyder. Ai dele.

terça-feira, 4 de março de 2008

O Fim da Pipodélica

A Pipodélica foi uma banda duplamente importante no meu crescimento musical. Primeiro, por mostrar novas possibilidades naquela virada de milênio. Segundo, por estarem aqui do lado, e afastar de vez qualquer medo ignorante de que o talento certamente está naquelas capitais (estejam elas perto ou longe).

De várias bandas que pipocavam em revistas como a Bizz (em uma fase excelente, e que infelizmente não teve sua qualidade traduzida em números), ou nos crescentes sites de música (que ainda estavam encontrando a melhor forma de sobreviver), a Pipodélica se enveredou pelo campo do pop – uma inteligente fuga de rótulos restringentes, no caso, o progressivo – e através de texturas interessantes, letras sólidas e melodias que se equilibravam bem entre a delícia pop e experimentações ousadas, teve a sua parcela de grandes conquistas: tocou no Curitiba Pop Festival, realizou incursões sólidas pelos grandes centros do país, ajudou a colocar Floripa no mapa indie brasileiro, e ajudou (seja por ação ou influência) a acabar com aquela generalização estúpida que em SC só se ouve reggae ou som de surfista.

Pra mim o segredo da Pipodélica era a própria estrutura da banda, que sempre soube dosar bem os excelentes virtuosismos do guitarrista Batata e do baixista M. Leonardo com a segurança da bateria de Cachorro, ou a base ‘cheia de barulhinhos’ de Xuxu. Os vocais eram divididos entre os dois guitarristas, e conseguiam, apesar dos timbres relativamente semelhantes, equilibrar-se bem, ora duelando, ora criando boas harmonias.
Tudo isso pra dizer que infelizmente a banda chegou ao fim. Na comunidade do orkut, o baixista M. Leonardo avisou:

“É com pesar que comunico que depois de oito anos chutando traseiros a Pipodélica encerra suas atividades. Em breve disponibilizaremos o CD Não esperem por nós na net, com arte e tudo que tem direito. Agradecemos a todos os que acompanharam a trajetória da banda. Se serve de consolo, a banda fecha com chave de ouro sua carreira, pois é unanimidade entre os membros da banda e as pessoas que puderam ter acesso ao CD que Não esperem por nós é o melhor trabalho que realizamos. Melhor sair por cima. No meu álbum do orkut disponibilizei a arte, ainda não definitiva, mas basicamente é aquilo que está lá. Para quem tiver curiosidade....as músicas providenciaremos para download o mais rápido possível

Abs, MLeonardo"


Realmente, uma pena. Mas a gente sabe que a racinha é vaso ruim e não vai largar assim da música. Tem o álbum inédito “Não Esperem Por Nós” (um presságio?), além do trabalho solo do Xuxu. Então, até logo!

Imagem é nada: Apesar dos pesares, eles sempre tiveram bom gosto (pelo menos, no que interessa). Só fica o aviso pra banda - um case não é melhor lugar do mundo pra transportar adubo.