quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Mais links

Ricardo Alexandre é mestre, e mestre tem lugar nos links.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Original Prankster

A impressão que eu tenho é que a sociedade prefere ser roubada que tapeada. Deve ser por achar existir algum tipo de glória em ser o coitado da história, ou simplesmente por não estar pronta para perceber quão afobada ela pode ser na hora de emitir julgamentos. Os hoaxters sabem disso, mas quem ganha a vida da infâmia dos outros não poderia esperar os louros da glória.

Diferente de Orson Welles (que imortalizou o hoax com Guerra dos Mundos, pra depois nunca mais), Alan Abel dedica sua vida à jogar na cara das pessoas seus próprios preconceitos, e consegue ser incrivelmente bem sucedido. Prova disso é a SINA (Society for Indecency to Naked Animals), cujo trabalho de colocar bermudas em animais adultos fez pipocar células da ONG em todos os EUA, além de doações de pessoas que apoiavam a causa. Além disso, ele armou o casamento de um falso Idi Amin com uma americana como forma de conseguir o green card para o ditador; posou de Garganta Profunda (o informante); criou uma escola para mendigos; criou o Euthanasia Cruise, onde os corpos dos passageiros seriam despejados no oceano, dentre outras armações.

E agora a obra do Sr. Abel estará à disposição do grande público, com o lançamento do documentário "Abel Raises Cain". Vamos ver se assim o pessoal deixa de ser pato do Manson.



Abel em uma de suas primeiras armações: ensinando executivos a melhorar as tacadas colocando movimentos de balé nas tacadas.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Entortando com o Mario

Em Copenhagen, estudantes da universidade de computação (quem mais?) fizeram uma festa temática do Mario. Até os drinques homenagearam a mitologia do encanador da Nintendo. Taí uma boa idéia pro Open =)

De acordo com a organização, a cada 1-Up (foto) virado soava o som de vida ganha do jogo. (Nota do editor: mentalidade 100% à prova de cagadas)

Garfield sans Garfield









A idéia é legal: tirar o Garfield de todas as tiras do gato mais marquetável do mundo. O resultado é um Jon Arbuckle louco, e possivelmente sequelado, que conversa sozinho. Nada muito diferente de um cara solteiro que conversa (e briga, e é humilhado) com os animais de estimação.

Garfield, minus Garfield

Gauleses Irredutíveis

Cristiano Bastos foi um dos autores do "Gauleses Irredutíveis", o livro que traçou um panorama do rock gaúcho à "Mate-me, Por Favor". No blog Desorientação, ele continua discutindo o tema, com a ajuda de gente que manja. Destaque para o depoimento do Ricardo Alexandre (mestre do jornalismo musical brasileiro, autor do "Dias de Luta", cover de Samuel Rosa), do Gustavo Mini (vocal/guitarra dos Walverdes) e do indescritível Flu (indescritível) sobre os motivos dos artistas gaúchos não raro morrerem na praia - ou algo do gênero.
Tudo isso e muito mais aqui.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Os Silva

Piloto de um desenho animado, capitaneado por uma das cabeças mais iluminadas da região. Fábio Couto é um daqueles cabeças que faz bem uma carrada de coisas, inclusive - e infelizmente - cantar igual ao Bon Jovi.



"Keep The Faith"

Bad Blood Rising

Aparentemente o Supergrass voltou a ver a luz depois da melancolia do 'Road to Rouen', à julgar pelas faixas que foram soltas pela banda na internet. "Bad Blood" tá aí pra provar.


Veja este vídeo: Supergrass - Bad Blood



E foi escrevendo este post que o Vitor me enviou o link pra baixar o "Diamond Hoo Ha". Um bom punhado de motivos pra ser feliz nesse final de semana!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O Fantástico mundo do Paramarketing

Quando você vai escolher como chamar sua banda, é importante tomar alguns cuidados: primeiro, que o nome seja original. Segundo, que ele diga algo sobre a banda. Dito isso, é impressionante perceber como a onda de nomes infames consegue atingir novos patamares de digamos, originalidade.

Depois dos !!! (chk chk chk, para os que não falam em !kung) lá fora, do Uns & Outros no Brasil, e de diversas outras bandas que nasceram sob o signo do porco, vemos o crepúsculo da Brucelose, cujo nome foi inspiradamente baseado numa doença que causa "suores, dores e calafrios", e "diminui consideravelmente a esperança de vida e produz sintomas crónicos como a depressão, a anorexia(falta de apetite), dores de cabeça e musculares". Tudo isso, apesar de ser absolutamente assustador, pode ser um approach sincero junto ao público. Afinal, que tipo de lema uma banda dessa vai ter, "ouça nossa música, viva menos, e ainda concorra à hepatites, artrites, espondilites, anemias, leucopenias, trombocitopenias, meningites, endocardites e problemas visuais de origem nervosa"? Bem, à julgar pela música de trabalho deles, a resposta é sim.

Brucelose - Te Quero Mais



Mas também pode ser uma atitude revolucionária de marketing, onde a admissão das impotência frente às adversidades da vida sirva como chamariz. Caso o Brucelose vingue, poderemos ver nas prateleiras cd's do "Pedofilia Aguda", "Simplesmente Babaca", "Imitação Barata", "Crise da Meia-Idade", ou do "Wikipedia Psiquiátrica".


Atualizado: Atendendo ao pedido do sempre atento Felipe(que reza a lenda, responde por 50% da pior dupla de Rock Band do mundo), "Soco no Útero"

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

(Os outros foram Pequena Miss Sunshine e Eu Sou a Lenda)

Neste final de semana, consegui bater um recorde pessoal: juntamente com a melhor companhia do mundo, assisti 4 filmes bons em 3 dias. O que, não é nada não é nada, não é nada mesmo. Mas convenhamos que pegar 3 lançamentos e um filme relativamente novo (lançado em 2006) em seguida e que não deixe dúvidas em relação à qualidade é tão difícil quanto aprender alguma coisa em um programa da MTV.

No entanto, divago. A verdade é que o que eu tenho a dizer sobre isso é o seguinte:


Juno: eu me sinto ridiculamente pretensioso em querer dizer algo de diferente depois de ser uma das últimas pessoas do mundo à assistir Juno. Mas o que eu posso dizer é muito bom assistir um filme que apresenta de uma forma tão interessante a “nova geração” (da mesma forma que é comicamente frustrante se sentir como o tiozão do filme: alguém que já consegue ver os seus horizontes, pra usar um eufemismo bem educado). E esse meu temor se comprovou na cena onde a Juno fica surpresa ao ouvir Sonic Youth - fora de série no cover dos Carpenters “Superstar”, só faltou o clipe – como sendo uma banda ‘de tio’. Eu sei que os meus prováveis leitores são amigos (como o meu falido hit counter pode comprovar, muito obrigado) que vão se compartilhar da minha negação de velhice, o que me deixa parcialmente satisfeito.


Cloverfield: Eu me lembro bem pra caramba do final dos anos 90, aquela época fantástica em que as Spice Girls eram as artistas do milênio, o rock não poderia ficar mais enlouquecido que os Matchbox 20, e Friends ainda era legal. Pode crer que eram bons tempos. Também (ou isto é prova de que) foi a época que o marketing perdeu as estribeiras.

Em 99, Martin Scorsese vinha de duas produções de caráter mais introspectivo, relembrando seus filmes preferidos e estudando a religião (no caso, a procura pela encarnação do Dalai Lama). Quando ele voltou às narrativas mais convencionais, foi com o introspectivo “Vivendo no Limite”, onde Nicolas Cage interpreta o mesmo personagem de toda sua carreira: um sujeito à margem da sociedade, praticamente um sociopata, que procura a redenção através de uma postura cínica em relação ao mundo. Só que no caso, ele é um enfermeiro. Dá pra dizer que o filme é um Tropa de Elite, com menos ação, e dentro de uma ambulância. E quando eu digo ‘menos ação’, eu digo sem ação alguma. O que aparentemente não é a mesma opinião do trailer. Mas o que tem Cloverfield a ver com isso?

Tem a ver que é mais um sinal da era em que vivemos, onde termos como buzz, marketing, viral e ARG mostram pra gente como muitas vezes o barulho é mais importante que o conteúdo. E a experiência de assistir um filme pode começar antes da sessão de cinema.

- A real é que mesmo com (ou provavelmente por causa da) campanha de marketing pesada e descolada, Cloverfield entrega um bom filme de monstro que tem ótimos momentos de tensão. Só acho uma pena ter ficado com a impressão de que o filme vai embora cinco minutos depois de acabada a sessão.

This orgy sure is off to a slow start

Tá lá.

Aproveitem a viagem, porque daqui pra frente é só ladeira abaixo.